A adoção de crianças: o que a Igreja nos diz?

A adoção de crianças é incentivada pela Igreja Católica, mas ser um pai ou mãe adotiva exige discernimento.

Família

01.10.2021 - 16:21:46 | 7 minutos de leitura

A adoção de crianças: o que a Igreja nos diz?

Conforme o Conselho Nacional de Justiça, mais de cinco mil crianças estão disponíveis para adoção no Brasil. São muitas as razões que levam à procura de uma nova família: morte dos pais, dependência química dos responsáveis, maus tratos ou falta de condições financeiras. Além da Justiça retirar a criança do lar onde ela não encontra condições saudáveis de crescer, temos a “entrega voluntária", que é quando uma mãe oferece seu filho ou recém-nascido para adoção, medida respaldada pela lei e incentivada pelas pastorais da igreja em prol da vida. 

O que diz a igreja?

A adoção é um grande gesto que exige um amor imensurável dos adotantes. A Igreja Católica incentiva a adoção e, sobretudo, o carinho que as crianças devem receber. As pastorais da Criança e da Família são orientadas a incentivar a adoção. Afinal, o próprio São José era pai adotivo de Jesus. Ele foi um pai verdadeiro, não biologicamente, mas pelo coração. Depois de Maria, foi o primeiro a cuidar de Jesus, sendo um guia e exemplo por toda sua vida. Foi ele quem protegeu Jesus das mãos assassinas de Herodes, ensinou-lhe o caminho do trabalho e fez Dele um grande homem. Esse gigante tão simples e discreto foi essencial na trajetória do Messias e de seus feitos de salvação no mundo. 

Para ser um grande pai ou uma grande mãe

Pais são as pessoas que cuidam, dão carinho e amor. Tirar uma criança do sofrimento do abandono é um grande gesto de amor. Mas, infelizmente, vemos muitos casos em que os adotantes se arrependem de sua decisão, devolvendo a criança, causando um efeito devastador na vida dela. Os candidatos precisam ter clareza e condições para adotar uma criança. Você pensa em adotar ou conhece alguém que está prestes a tomar esta decisão? Então, confira abaixo os sete pontos que precisam ser analisados antes de você tomar esta importante atitude!

7 pontos a considerar antes de adotar uma criança


Se está pensando em adotar uma criança, veja quais são os pontos que devem ser considerados para tomar uma decisão sensata e segura.

1 – O motivo para querer adotar

O primeiro ponto a ser considerado é a sua motivação para querer adotar, se é por não ter conseguido pelos meios naturais, por querer ajudar uma criança ou qualquer outra razão. É a partir dessa resposta que você irá começar a perceber se está realmente preparado para dar esse passo. Lembre-se que um filho não salva um casamento que está com problemas, e é fundamental ter um ambiente sadio e tranquilo para receber um novo membro na família e oferecer a ele um lar seguro e equilibrado.

2 – Estabilidade emocional

Educar uma criança é sempre um grande desafio e que requer estabilidade emocional, além disso, é fundamental estar preparado para lidar com as perguntas que as pessoas irão fazer, principalmente se houverem grandes diferenças físicas entre os pais e o filho. O processo conta com uma análise psicológica, a fim de verificar se os candidatos a pais estão emocionalmente prontos para assumir tal missão. Contudo, é importante que você faça essa reflexão antes mesmo de entrar na fila para adotar, para tomar a melhor decisão.

3 – Estabilidade financeira

A responsabilidade sobre a vida da criança envolve, também, todos os custos, como alimentação, saúde e educação. Portanto, é fundamental que analise se é realmente o momento para dar esse passo e se há condições financeiras de oferecer tudo isso a ela. Não é necessário ter um alto poder aquisitivo para adotar, basta que se tenha condições de oferecer o básico, sem expor o menor a situações de necessidade. Assim como no item anterior, esse é um ponto que também será considerado durante o processo legal de adoção.

4 – Idade e perfil da criança
Um problema que faz com que as filas de adoção no Brasil sejam lentas e extensas é o excesso de exigências dos candidatos a pais. A maioria deseja crianças brancas, com menos de um ano de vida, sem irmãos e que não tenham necessidades especiais. Contudo, grande parte dos menores disponíveis não se encaixa nesse perfil.

É importante que você considere as características que deseja ou se realmente está disposto a receber uma criança independente do seu perfil. Se for a segunda opção, faça isso por ter realmente essa abertura e não apenas para agilizar o processo. Lembre-se que essa vida estará sob a sua responsabilidade para sempre.

5 – Respeitar os trâmites legais

Por mais que seja um processo que, muitas vezes, é demorado, é fundamental que respeite todos os trâmites legais e aja de acordo com a lei. Ao decidir realmente adotar, procure a Vara da Infância e Juventude da sua cidade e comunique o seu desejo. Evite visitar abrigos por conta própria, pois poderá acabar se apegando a uma criança e não conseguir adotá-la.

Ao entrar na fila e passar pelo processo de seleção, será chamado apenas quando um menor dentro do seu perfil desejado estiver disponível. Então, irá conhecê-lo e poderá decidir se irá prosseguir com o processo ou se voltará à fila para esperar por uma nova criança. A adoção informal, que ocorre quando a mãe biológica doa seu bebê e ele é registrado no nome de outra pessoa, é uma prática ilegal e que, portanto, deve ser evitada.

6 – Controle a ansiedade

Por mais que seja um processo que tenha total envolvimento com os sentimentos e as emoções, é importante que você procure controlar a sua ansiedade. Assim, evitará tomar decisões no calor do momento e acabar tendo problemas no futuro. Adotar é uma escolha definitiva e essa criança estará sob a sua responsabilidade até pelo menos completar 18 anos de idade ou por toda a sua vida, caso tenha algum tipo de necessidade especial.

Conversar com pais de filhos adotivos e participar de grupos de apoio para pessoas que estão na fila é uma ótima maneira de vencer a ansiedade e dar cada passo com tranquilidade e sensatez.

7 – Como irá falar a respeito da adoção

Quando se adota um bebê, existe uma dúvida entre os pais a respeito de falar ou não a verdade para a criança. Essa é uma escolha completamente pessoal e que, por isso, deve ser tomada pelos responsáveis, mas, claro, sempre considerando o que acreditam ser melhor para seu filho. Mesmo nos casos em que a criança já chega um pouco maior, é necessário pensar como essa questão será abordada conforme ela for crescendo. Quanto mais naturalidade houver, melhor será, pois aquele assunto não será um tabu, e sim uma parte de sua história.

Preparado para tomar esta decisão?


Se você decidiu que esta é a medida certa a tomar, o primeiro passo é comparecer a um fórum da Vara da Infância e Juventude da sua cidade ou região. A partir deste primeiro contato, você receberá instruções detalhadas sobre outros documentos a apresentar e sobre como funciona o processo de entrevistas com assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude para realizar a sua habilitação e entrar no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

É muito importante seguir o processo para conseguir a habilitação oficial. Embora haja outras maneiras de encontrar uma criança que precise ser adotada, além da fila única do Cadastro Nacional de Adoção, a habilitação conta muito na hora de o juiz decidir sobre a adoção definitiva.

Na área do Cadastro Nacional de Adoção você pode encontrar orientações detalhadas sobre como se habilitar, além de estatísticas sobre o número de crianças disponíveis e o número de pretendentes. 

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